Escrito por Bruno Franco | Publicado em 28 de dezembro de 2024 às 11:59
Em 2024, finalmente consegui, depois de anos, criar o hábito da leitura. Desde os meus 15 anos, eu sabia da importância de ler e dos benefícios que isso poderia trazer para minha vida. Mas nunca consegui transformar isso em rotina, muito por conta dos meus próprios hábitos e das rotinas que não ajudavam.
No ensino médio, minha professora de português exigia que a gente lesse um livro a cada 2 ou 3 meses. Eram obras ligadas ao período literário que estávamos estudando e que poderiam cair no vestibular. Foi nessa época que li algumas grandes obras como Hamlet, Dom Casmurro, Memórias de um Sargento de Milícias, entre outros. Apesar de alguns desses livros serem realmente bons, eles não faziam meu estilo, especialmente porque eu era adolescente.
Outro fator que me afastou da leitura foi o jeito como eu precisava encarar os livros: tinha que lembrar de cada detalhe para a avaliação oral. Então, lia tudo de uma vez só, no dia anterior ao seminário, para conseguir ter as informações frescas na cabeça. Isso acabou me fazendo criar uma relação errada com a leitura, principalmente para alguém que ainda não tinha o hábito.
Já na faculdade, tentei de novo criar esse hábito, mas escolhi livros que não eram adequados para o meu momento. Como iniciante, obras com muitas páginas ou temas difíceis acabavam se tornando barreiras para mim. Por exemplo, tentei ler O Hobbit e alguns livros do C.S. Lewis voltados à religião, mas desisti. A quantidade de páginas e o nível de complexidade não funcionaram para mim, e mais uma vez eu falhei.
Até que, neste ano, resolvi dar uma chance para A Revolução dos Bichos, de George Orwell. É um livro excelente: curto, interessante e com uma narrativa que me prendeu. A partir dele, fui pegando gosto pela leitura e lendo um pouco a cada dia. Isso me ajudou a criar um interesse maior e, com o tempo, comecei a procurar outros livros para manter o hábito.
Aqui está a lista de todos os livros que li em 2024:
A Revolução dos Bichos, George Orwell
O Alquimista, Paulo Coelho
O Homem Mais Feliz do Mundo: A Bela Vida de um Sobrevivente de Auschwitz, Eddie Jaku
Ultraaprendizado, Scott Young
O Codificador Limpo, Bob Martin
O Hobbit, J.R.R. Tolkien
O Peso da Glória, C.S. Lewis
Caminhar com Jesus, Papa Francisco
Vida: A Minha História Através da História, Papa Francisco
14 Hábitos de Desenvolvedores Altamente Produtivos, Zeno Rocha
Além do Planeta Silencioso, C.S. Lewis
O Diário de um Mago, Paulo Coelho
Uma Escada Para o Céu, John Boyne
1984, George Orwell
Quero destacar os três livros que mais gostei:
O Alquimista: O livro fala sobre a Lenda Pessoal de forma ficcional, mas que eu consegui aplicar na minha vida. Ele me fez refletir sobre meu propósito e meu futuro. Além disso, é muito bem escrito e me manteve curioso para saber o que aconteceria com o protagonista.
O Homem Mais Feliz do Mundo: Esse livro me cativou pelos ensinamentos profundos e a empatia que desperta. Entender a história de alguém que enfrentou problemas reais, como os do autor Eddie Jaku, nos ajuda a colocar nossas próprias dificuldades em perspectiva. A escrita em primeira pessoa torna fácil se colocar no lugar dele e entender como o ser humano pode ser cruel. É uma leitura essencial para evitar que os erros do passado se repitam.
1984: Não sei por que demorei tanto para ler esse livro depois de ter gostado de A Revolução dos Bichos. 1984 segue a mesma linha de crítica histórica, mas é ainda mais imersivo. A riqueza de detalhes políticos e a forma como Orwell constrói o contexto da história são impressionantes, especialmente considerando a época em que foi escrito.
Foi uma seleção bem diversificada, passando por ficção científica, programação e até religião. Me sinto orgulhoso por ter lido praticamente um livro por mês, mesmo que alguns fossem mais curtos.
Minha meta para o ano que vem é continuar nesse ritmo, mantendo a diversidade de temas e, quem sabe, explorando mais livros clássicos e renomados para enriquecer ainda mais meu mundo literário.